domingo, 15 de junho de 2008

"a gente nasceu para fazer coisas"


Saí da rede muito cedo naquela manhã depois do sonho sonhado contigo Peguei uma xícara de café e saí andando descalça, pés leves e firmes sobre o trapiche longo e de madeira fria e caída. Me sentei na escada do porto para ver os raios do sol brigando entre os galhos das árvores engolidas pelo igapó de água escura, na tentativa de deixá-los livres e raiar seus raios ainda dourados pela nascente manhã. Lugar maravilhoso aquele! Tudo pela manhã é fresco, leve, de aroma doce das flores e frutas que ajudam a fazer as diferenças de cada palmo andado pela floresta. Recordei então o sonho e no meu peito batia a tranquilidade e certeza dos sentimentos que a tenho. O café desceu deliciosamente garganta abaixo, os pés descalços, brancos devido ao uso constante do butt, refrescava na madeira molhada pela noite húmida que partiu. O olhar então acesso, direcionado para o galho onde o pássaro de nome "bico de fogo" enrolava as primeiras notas daquela manhã pós o sonho contigo. Foi assim que o dia passou... um sorriso maroto alongava os lábios e a cada milímetro você contextualizada seja: no trapiche, na melodia solta pelo ar, nas águas que corriam muito devagar, devagar até demais. Talvez devagar por que não queria que saísse do meu lado nem um segundo se quer. Eu sei sim que isso é amor...

Nenhum comentário: